terça-feira, 22 de julho de 2014

Documentário: A Educação Proibida


Bom dia !

Estou devendo esse post faz tempo, ele é sobre um documentário daqueles que nós vemos por acaso, e ele muda o jeito da gente pensar para sempre; achei que seria egoísmo meu não compartilha-lo, já que ele acaba mostrando formas diferentes de pedagogia na qual a maioria de nós não tivemos a chance de ter sido lapidado com essa ferramenta na infância, porém nunca é tarde demais.

Esse projeto em forma de documentário, busca colocar na agenda pública os problemas educacionais contemporâneos, no qual seguem bases pré-históricas.
Na busca do desenvolvimento de uma educação integral da humanidade incluindo aspectos intelectuais, emocionais, experimentais e físicos, usando justamente a promoção da saúde como ponto central, onde os objetivos pessoais e apreciar o processo em harmonia são a prioridade, deixando o desempenho em um segundo plano, criando um cenário de autonomia, e a participação do professor para essa formação, onde ele deve-se adaptar-se as capacidades e habilidades do aluno e não vice-versa.
Esse documentário usa bases pedagógicas personalizadas, pedagogia Waldorf (Rudolf Steiner); pedagogia Liberadora (Paulo Freire) entre outras importantes da área.
Espero que gostem,
Segue o link



Ken

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Processo da educação em saúde no Brasil

O vídeo é em desenho animado, mas vale a pena assistirem e entenderem um pouco mais sobre o texto do processo da educação em saúde no Brasil. 
O vídeo mostra  o papel importante que o SUS tem com a sociedade e um pouco de como a educação em saúde na escola ajuda, afetando não só as crianças e sim todos que estão ao redor delas, como os pais, tios e até mesmo os professores e a sua família.
https://www.youtube.com/watch?v=OsnorIgJWbM

Grupo 4

Processo da educação em saúde no Brasil

Olá pessoal,
Vocês sabiam que um dos pilares da promoção à saúde é a educação em saúde? Este pilar consiste em atividades planejadas que objetivam criar condições para produzir mudanças de comportamento desejadas em relação à saúde. A efetividade em termos de mudanças de hábitos está na análise de processos intelectuais, afetivos e culturais.
No Brasil, o processo de desenvolvimento da educação em saúde vem desde o final do século XIX até a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), os avanços para a melhoria da educação se davam principalmente em momentos de crise ou de ameaça ao modelo econômico vigente da época.

           Com pouca ênfase, a primeira medida tomada pelo Estado para melhorar as condições de educação em saúde foi distribuir folhetos informativos, esta medida foi marcada pela política repressiva do Estado. Em 1923, Carlos Chagas faz a primeira reforma sanitária, criando o Departamento Nacional de Saúde, é neste momento que começam a ser construídos os primeiros centros de saúde e as escolas assumem a educação sanitária. Outro grande avanço se dá na década de 40, quando o Brasil em convênio com os Estados Unidos da América estrutura o Serviço Especial de Saúde (SESP), com atividades de programas de doenças contagiosas (diagnóstico precoce e tratamento preventivo), educação sanitária (atividades de higiene em geral) e organização científica em termos administrativos dos serviços, nesta mesma época novas práticas de educação são adotadas pela SESP, elas são: educação em grupos, recursos audiovisuais e o desenvolvimento e organização de comunidades, há também uma reforma no currículo da Faculdade de Higiene e Saúde Pública, que acrescenta em sua grade fatores social econômica e cultural. Pós Segunda Guerra Mundial as medidas tomadas para educação em saúde foi educação para a saúde. Com a ditadura militar a educação em saúde passa a ser exercida por diversos profissionais, não só educadores, nas escolas a educação em saúde passa ser obrigatória. A grande insatisfação da população que exigia melhorias em saúde perdurou até o final da década de 80, onde as primeiras diretrizes do SUS começaram a ser estruturadas e assim foi até a sua real efetivação.

Laura Tosini, Ana Gomes e Gabriele Matias.
Grupo 4.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Educação em Saúde e a prática em PS: compromisso interdisciplinar e multiprofissional

Ref. 10

Falar do campo da saúde não envolve somente os processos de recuperação da doença, vai, além disso, com processos de intervenção para que seja disponibilizado para as pessoas, meios para a manutenção ou recuperação da saúde, e isso se refere ao físico, psicológico, socioeconômico e espiritual. Sendo assim, a prática em saúde pode ser exercida em qualquer campo social, inclusive no campo da educação, devendo existir uma pratica educativa no campo da saúde em que os profissionais dessa área transmitam através da educação os valores culturais e os códigos sociais de cada sociedade as futuras gerações. No Brasil, são quatro os principais processos do sistema educacional.
Na pedagogia tradicional, o sistema de ensino e centrado no professor que expõe seus conhecimentos e o aluno como ouvinte é reprodutor do conhecimento obtido, os conteúdos ensinados não se relacionam com o cotidiano do aluno e nem com a realidade social, como consequência disso, o aluno se torna menos critico, há uma lacuna entre teoria e pratica, adquire hábitos de memorizar, não problematiza a realidade. O aluno vira um deposito de conhecimentos transmitidos pelo professor.
Na pedagogia renovada, o aluno é o centro da atividade escolar, e não o professor e nem os conteúdos disciplinares, é mais importante o processo de aquisição do saber, ensinar o aluno a aprender. Porém não contribui para descobrir a realidade social, tornando-se uma educação doméstica.
A pedagogia por condicionamento estimula o aluno a aprender por recompensas, para que o aluno responda conforme o esperado pelo professor e a escola funciona como modeladora do comportamento do aluno através de técnicas especificas. Apesar de o método proporcionar alta eficiência da aprendizagem de dados e processos, também tem consequências negativas como à falta de estimulo a criatividade, o aluno tende a emitir apenas respostas que o sistema permite, não questiona os objetivos e os métodos, tendência a robotização, conformismo, torna-se suscetível a manipulação.
Na pedagogia critica, professores e alunos interagem absorvendo da realidade o conteúdo de aprendizagem e atingindo um nível de consciência para atuarem dentro dessa realidade em prol de uma transformação social. Por meios de grupos de discussão, o professor e alunos estão no mesmo nível, o papel do professor neste caso é estimular discussão e a consciência critica.

De todas as praticas pedagógicas apresentadas a mais adequada para a pratica educativa em saúde é a pedagogia critica, porque valoriza o saber do educando colocando-o no papel de agente transformador de sua realidade e de si mesmo, possibilita que as pessoas tenham acesso às informações de forma que estabeleçam uma participação ativa nas ações da saúde, alem de proporcionar desenvolvimento continuo das habilidades e técnicas do trabalhador em saúde que exerce um trabalho criativo.

Ref. 11 

O texto fala sobre a questão do planejamento em abordagens de duas diferentes áreas: promoção em saúde e educação em saúde e suas distintas definições.
"Entende-se por educação em saúde quaisquer combinações de experiências de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar ações voluntárias conducentes à saúde" (Green e Kreutor).
"Define-se promoção em saúde como uma combinação de apoios educacionais e ambientes que visam atingir ações e condições de vida conducentes à saúde".
A partir disso, existe uma dificuldade grande e uma incapacidade política de implantar atividades educacionais bem planejadas. A secretaria do Estado de São Paulo busca analisar certos programas que tem uma ideia de promoção da saúde e intervenção de doenças.
Sobre um modelo mundial de programas existe o PRECEDE e dentro dele modelos como o CAHP que buscam o conhecimento, atitudes, habilidades e práticas da população-alvo.
Tanto na área acadêmica quanto no ambiente mais prático, os profissionais tentam atuar nas duas dimensões, no educativo e no promocional, em ambos os casos é preciso definir os conceitos com clareza e fixar os limites do campo de análise, para não se ter uma visão de desinformação e descuido da saúde pública.

Ref. 12

        O texto aborda com uma visão diferenciada sobre o tema saúde em um âmbito público. Muitas pessoas dizem que o problema é falta de dinheiro, outras abordam colocando a culpa principalmente na má gestão. E no texto ele informa que o termo saúde começa antes mesmo de entrar em hospitais, postos de saúde ou consultórios médicos.
         A Constituição Federal de 1988 põe a vida como sendo o bem maior dos direitos fundamentais, preceituando em seu art. 196 que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Enquanto Constituição Cidadã, previu em seu art. 198, III, a participação popular como sendo uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde.
        Na constituição federal é colocado da seguinte forma: “Saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e acessórias que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e a acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, prestação e recuperação.”
          E é em cima dessa ideia que o texto vai trabalhando. Ele procura fazer com que as pessoas entendam que a participação popular na gestão de saúde pública é um dos principais pilares pra se conseguir qualidade de vida. E deixa bem claro que o cidadão tem direito e obrigações também, pois o fato do Estado fornecer os meios não exclui a responsabilidade das pessoas. É necessária uma participação individual onde cada um cuide de sua higiene, alimentação, pratique exercícios regularmente, preserve a saúde mental, uso correto de ações e serviços de saúde (medicamentos, exames, procedimentos especializados). Cuidar de si próprio e da comunidade que o cerca. Coletivamente os cidadãos podem participar dos conselhos e conferências de saúde e de suas várias comissões. O poder dos Conselhos de Saúde é muito maior do que imaginam. Nada pode acontecer na saúde pública sem estar no orçamento. E nada pode ir ao orçamento sem estar no plano. E nada pode ir ao plano, sem a aprovação do conselho. Por isso é muito importante à participação da população em Conselhos de Saúde da sua região.
        Além disso, ele aborda que saúde é uma questão que não se restringe a atendimento médico, e sim uma questão muito mais ampla que nos cerca durante toda a vida. Pequenas ações do dia a dia é o que pode fazer uma grande diferença durante toda a vida. Um transporte de qualidade, que leve até o trabalho de forma digna. Moradia bem estruturada com saneamento básico. Alimentação de qualidade, pois atualmente se come muito e mal, pois o número de consumo de alimentos industrializados com excesso de sal, açúcar e gordura vem aumentando vertiginosamente. Entre outros fatores, aqui já citados, que fazem com que possamos viver com mais ou menos qualidade de vida.
        Os investimentos somados (federal, estadual e municipal) somam um valor estimado porá volta dos 100 bilhões de reais. Valor esse muito baixo se comparado ao PIB do país que fica por volta dos três trilhões. Ou seja, por volta de menos de 4% do total do produto interno bruto é investido em saúde. Valor abaixo do recomendável pela OMS (organização mundial de saúde).

        Que fique bem claro que não é apenas um maior investimento financeiro na saúde que vai fazer com que nos tenhamos a resolução de todos os problemas. É necessário também evitar os gastos em excesso, evitar os desperdícios, combater a corrupção e o mais importante, aumentar a participação da população nas decisões que são tomadas em âmbito público. Dessa forma poderíamos melhorar um pouco mais essa questão da saúde que é uma das mais importantes que temos.


Agora uma música pra refletir sobre um caso sério da nossa população, mas de forma descontraída: http://www.kboing.com.br/gabriel-o-pensador/1-86342/

Gabriel O Pensador - Sem Saúde

Um abraço.

Grupo 3

quinta-feira, 5 de junho de 2014


Olá, gente.
Como a professora Marília havia pedido anteriormente, aqui está o post que ela comentou em sala sobre o rapaz que foi pra Holanda e escreveu sobre a relação entre limpar banheiros e usar Mac Book no ônibus na Holanda.
Podemos pensar e relacionar com as questões de Promoção da Saúde e no conceito de Saúde que nós discutimos em sala. :)
Comenteeeeem!
XO,
Rodrigo Pelissari.



Da relação direta entre ter de limpar seu banheiro você mesmo e poder abrir sem medo um Mac Book no ônibus. 


A sociedade holandesa tem dois pilares muito claros: liberdade de expressão e igualdade. Claro, quando a teoria entra em prática, vários problemas acontecem, e há censura, e há desigualdade, em alguma medida, mas esses ideais servem como norte na bússola social holandesa.
Um porteiro aqui na Holanda não se acha inferior a um gerente. Um instalador de cortinas tem tanto valor quanto um professor doutor. Todos trabalham, levam suas vidas, e uma profissão é tão digna quanto outra. Fora do expediente, nada impede de sentarem-se todos no mesmo bar e tomarem suas Heinekens juntos. Ninguém olha pra baixo e ninguém olha por cima. A profissão não define o valor da pessoa – trabalho honesto e duro é trabalho honesto e duro, seja cavando fossas na rua, seja digitando numa planilha em um escritório com ar condicionado. Um precisa do outro e todos dependem de todos. Claro que profissões mais especializadas pagam mais. A questão não é essa. A questão é “você ganhar mais porque tem uma profissão especializada não te torna melhor que ninguém”.
Profissões especializadas pagam mais, mas não muito mais. Igualdade social significa menor distância social: todos se encontram no meio. Não há muito baixo, mas também não há muito alto. Um lixeiro não ganha muito menos do que um analista de sistemas. O salário mínimo é de 1300 euros/mês. Um bom salário de profissão especializada, é uns 3500, 4000 euros/mês. E ganhar mais do que alguém não torna o alguém teu subalterno: o porteiro não toma ordens de você só porque você é gerente de RH. Aliás, ordens são muito mal vistas. Chegar dando ordens abreviará seu comando. Todos ali estão em um time, do qual você faz parte tanto quanto os outros (mesmo que seu trabalho dentro do time seja de tomar decisões).
Esses conceitos são basicamente inversos aos conceitos da sociedade brasileira, fundada na profunda desigualdade. Entre brasileiros que aqui vêm para trabalhar e morar é comum – há exceções -  estranharem serem olhados no nível dos olhos por todos – chefe não te olha de cima, o garçom não te olha de baixo. Quando dão ordens ou ignoram socialmente quem tem profissão menos especializadas do que a sua, ficam confusos ao encontrar de volta hostilidade em vez de subserviência. Ficam ainda mais confusos quando o chefe não dá ordens – o que fazer, agora?
Os salários pagos para profissão especializada no Brasil conseguem tranquilamente contratar ao menos uma faxineira diarista, quando não uma empregada full time. Os salários pagos à mesma profissão aqui não são suficientes pra esse luxo, e é preciso limpar o banheiro sem ajuda – e mesmo que pague (bem mais do que pagaria no Brasil a) um ajudante, ele não ficará o dia todo a te seguir limpando cada poerinha sua, servindo cafézinho. Eles vêm, dão uma ajeitada e vão-se a cuidar de suas vidas fora do trabalho, tanto quanto você. De repente, a ficha do que realmente significa igualdade cai:todos se encontram no meio, e pra quem estava no Brasil na parte de cima, encontrar-se no meio quer dizer descer de um pedestal que julgavam direito inquestionável (seja porque “estudaram mais” ou “meu pai trabalhou duro e saiu do nada” ou qualquer outra justificativa pra desigualdade).
Porém, a igualdade social holandesa tem um outro efeito que é muito atraente pra quem vem da sociedade profundamente desigual do Brasil: a relativa segurança. É inquestionável que a sociedade holandesa é menos violenta do que a brasileira. Claro que aqui há violência – pessoas são assassinadas, há roubos. Estou fazendo uma comparação, e menos violenta não quer dizer “não violenta”.
O curioso é que aqueles brasileiros que queixam-se amargamente de limpar o próprio banheiro, elogiam incansavelmente a possibilidade de andar à noite sem medo pelas ruas, sem enxergar a relação entre as duas coisas. Violência social não é fruto de pobreza. Violência social é fruto de desigualdade social. A sociedade holandesa é relativamente pacífica não porque é rica, não porque é “primeiro mundo”, não porque os holandeses tenham alguma superioridade moral, cultural ou genética sobre os brasileiros, mas porque a sociedade deles tem pouca desigualdade. Há uma relação direta entre a classe média holandesa limpar seu próprio banheiro e poder abrir um Mac Book de 1400 euros no ônibus sem medo.
Eu, pessoalmente, acho excelente os dois efeitos. Primeiro porque acredito firmemente que a profissão de alguém não têm qualquer relação com o valor pessoal. O fato de ter “estudado mais”, ter doutorado, ou gerenciar uma equipe não te torna pessoalmente melhor que ninguém, sinto muito. Não enxergo a superioridade moral de um trabalho honesto sobre outro, não importa qual seja. Por trabalho honesto não quero dizer “dentro da lei” -  não considero honesto matar, roubar, espalhar veneno, explorar ingenuidade alheia, espalhar ódio e mentira, não me importa se seja legalizado ou não. O quanto você estudou pode te dar direito a um salário maior – mas não te torna superior a quem não tenha estudado (por opção, ou por falta dela). Quem seu paí é ou foi não quer dizer nada sobre quem você é. E nada, meu amigo, nada te dá o direito de ser cuzão. Um doutor que é arrogante e desonesto tem menos valor do que qualquer garçom que trata direito as pessoas e não trapaceia ninguém. Profissão não tem relação com valor pessoal.
Não gosto mais do que qualquer um de limpar banheiro. Ninguém gosta – nem as faxineiras no Brasil, obviamente. Também não gosto de ir ao médico fazer exames. Mas é parte da vida, e um preço que pago pela saúde. Limpar o banheiro é um preço a pagar pela saúde social. E um preço que acho bastante barato, na verdade.