Ref. 10
Falar do campo da saúde não envolve somente os processos de recuperação da doença, vai, além disso, com processos de intervenção para que seja disponibilizado para as pessoas, meios para a manutenção ou recuperação da saúde, e isso se refere ao físico, psicológico, socioeconômico e espiritual. Sendo assim, a prática em saúde pode ser exercida em qualquer campo social, inclusive no campo da educação, devendo existir uma pratica educativa no campo da saúde em que os profissionais dessa área transmitam através da educação os valores culturais e os códigos sociais de cada sociedade as futuras gerações. No Brasil, são quatro os principais processos do sistema educacional.
Na pedagogia tradicional, o sistema de ensino e centrado no professor que expõe seus conhecimentos e o aluno como ouvinte é reprodutor do conhecimento obtido, os conteúdos ensinados não se relacionam com o cotidiano do aluno e nem com a realidade social, como consequência disso, o aluno se torna menos critico, há uma lacuna entre teoria e pratica, adquire hábitos de memorizar, não problematiza a realidade. O aluno vira um deposito de conhecimentos transmitidos pelo professor.
Na pedagogia renovada, o aluno é o centro da atividade escolar, e não o professor e nem os conteúdos disciplinares, é mais importante o processo de aquisição do saber, ensinar o aluno a aprender. Porém não contribui para descobrir a realidade social, tornando-se uma educação doméstica.
A pedagogia por condicionamento estimula o aluno a aprender por recompensas, para que o aluno responda conforme o esperado pelo professor e a escola funciona como modeladora do comportamento do aluno através de técnicas especificas. Apesar de o método proporcionar alta eficiência da aprendizagem de dados e processos, também tem consequências negativas como à falta de estimulo a criatividade, o aluno tende a emitir apenas respostas que o sistema permite, não questiona os objetivos e os métodos, tendência a robotização, conformismo, torna-se suscetível a manipulação.
Na pedagogia critica, professores e alunos interagem absorvendo da realidade o conteúdo de aprendizagem e atingindo um nível de consciência para atuarem dentro dessa realidade em prol de uma transformação social. Por meios de grupos de discussão, o professor e alunos estão no mesmo nível, o papel do professor neste caso é estimular discussão e a consciência critica.
De todas as praticas pedagógicas apresentadas a mais adequada para a pratica educativa em saúde é a pedagogia critica, porque valoriza o saber do educando colocando-o no papel de agente transformador de sua realidade e de si mesmo, possibilita que as pessoas tenham acesso às informações de forma que estabeleçam uma participação ativa nas ações da saúde, alem de proporcionar desenvolvimento continuo das habilidades e técnicas do trabalhador em saúde que exerce um trabalho criativo.
Ref. 11
O texto fala sobre a questão do planejamento em abordagens de duas diferentes áreas: promoção em saúde e educação em saúde e suas distintas definições.
"Entende-se por educação em saúde quaisquer combinações de experiências de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar ações voluntárias conducentes à saúde" (Green e Kreutor).
"Define-se promoção em saúde como uma combinação de apoios educacionais e ambientes que visam atingir ações e condições de vida conducentes à saúde".
A partir disso, existe uma dificuldade grande e uma incapacidade política de implantar atividades educacionais bem planejadas. A secretaria do Estado de São Paulo busca analisar certos programas que tem uma ideia de promoção da saúde e intervenção de doenças.
Sobre um modelo mundial de programas existe o PRECEDE e dentro dele modelos como o CAHP que buscam o conhecimento, atitudes, habilidades e práticas da população-alvo.
Tanto na área acadêmica quanto no ambiente mais prático, os profissionais tentam atuar nas duas dimensões, no educativo e no promocional, em ambos os casos é preciso definir os conceitos com clareza e fixar os limites do campo de análise, para não se ter uma visão de desinformação e descuido da saúde pública.
Ref. 12
O texto aborda com uma visão diferenciada sobre o tema saúde em um âmbito público. Muitas
pessoas dizem que o problema é falta de dinheiro, outras abordam colocando a
culpa principalmente na má gestão. E no texto ele informa que o termo saúde começa antes mesmo de entrar em
hospitais, postos de saúde ou consultórios médicos.
A Constituição
Federal de 1988 põe a vida como sendo o bem maior dos direitos fundamentais,
preceituando em seu art. 196 que a saúde é um direito de todos e um dever do
Estado. Enquanto Constituição Cidadã, previu em seu art. 198, III, a
participação popular como sendo uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde.
Na constituição
federal é colocado da seguinte forma: “Saúde é um direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e acessórias que visem a redução
do risco de doenças e de outros agravos e a acesso universal e igualitário às
ações e serviços para a sua promoção, prestação e recuperação.”
E é em cima
dessa ideia que o texto vai trabalhando. Ele procura fazer com que as pessoas
entendam que a participação popular na gestão de saúde pública é um dos
principais pilares pra se conseguir qualidade de vida. E deixa bem claro que o
cidadão tem direito e obrigações também, pois o fato do Estado fornecer os
meios não exclui a responsabilidade das pessoas. É
necessária uma participação individual onde cada um cuide de sua higiene,
alimentação, pratique exercícios regularmente, preserve a saúde mental, uso
correto de ações e serviços de saúde (medicamentos, exames, procedimentos
especializados). Cuidar de si próprio e da comunidade que o cerca.
Coletivamente os cidadãos podem participar dos conselhos e conferências de
saúde e de suas várias comissões. O poder dos Conselhos de Saúde é muito maior
do que imaginam. Nada pode acontecer na saúde pública sem estar no orçamento. E
nada pode ir ao orçamento sem estar no plano. E nada pode ir ao plano, sem a
aprovação do conselho. Por isso é muito importante à participação da população
em Conselhos de Saúde da sua região.
Além disso, ele
aborda que saúde é uma questão que não se restringe a atendimento médico, e sim
uma questão muito mais ampla que nos cerca durante toda a vida. Pequenas ações
do dia a dia é o que pode fazer uma grande diferença durante toda a vida. Um
transporte de qualidade, que leve até o trabalho de forma digna. Moradia bem
estruturada com saneamento básico. Alimentação de qualidade, pois atualmente se
come muito e mal, pois o número de consumo de alimentos industrializados com
excesso de sal, açúcar e gordura vem aumentando vertiginosamente. Entre outros
fatores, aqui já citados, que fazem com que possamos viver com mais ou menos
qualidade de vida.
Os investimentos
somados (federal, estadual e municipal) somam um valor estimado porá volta dos
100 bilhões de reais. Valor esse muito baixo se comparado ao PIB do país que
fica por volta dos três trilhões. Ou seja, por volta de menos de 4% do total do
produto interno bruto é investido em saúde. Valor abaixo do recomendável pela
OMS (organização mundial de saúde).
Que fique bem
claro que não é apenas um maior investimento financeiro na saúde que vai fazer
com que nos tenhamos a resolução de todos os problemas. É necessário também
evitar os gastos em excesso, evitar os desperdícios, combater a corrupção e o
mais importante, aumentar a participação da população nas decisões que são
tomadas em âmbito público. Dessa forma poderíamos melhorar um pouco mais essa
questão da saúde que é uma das mais importantes que temos.
Gabriel O Pensador - Sem Saúde
Um abraço.
Grupo 3