segunda-feira, 8 de abril de 2013

Autonomia, poder de escolha será que ela tem?

Esse vídeo expressa a discussão feita em sala sobre autonomia.
Nessa esquete, a pessoa teria a oportunidade de ESCOLHER o que quer comer e COMO quer comer.
Partindo do princípio que esta rede de restaurantes é bem conhecida justamente por isso, ou seja, o indivíduo paga uma valor para escolher O QUE quer e COMO quer. Mas, observem o vídeo e comentem se ela teve realmente autonomia.
Analisem todos os detalhes, as expressões faciais do atendente e da cliente, o tom de voz de ambos, as tensões musculares e corporais, o cenário ...
Assistam até o fim pois existe uma perspectiva de uma terceira pessoa que de alguma maneira também se envolve com o ocorrido e qual seria sua autonomia?



Abs
Wesley

10 comentários:

  1. Já tinha ouvido falar desse vídeo que trata de maneira cômica uma realidade que acontece não só neste local como em muitos outros também...Como se uma propaganda, um marketing pudesse garantir que realmente os usuários têm poder de escolha. Como discutimos em aula o indivíduo precisa de recursos e apoio para que possa escolher de forma consciente, o que não ocorre neste local, onde tem-se uma propaganda que há poder de escolha mas que, infelizmente não há, pois o cliente não têm o devido tratamento, atenção e apoio para que possa escolher da melhor maneira para ele. Infelizmente esse vídeo retrata uma realidade da nossa sociedade onde nos é oferecido "poder de escolha" sem apoio e depois uma culpabilização do individuo por ter feito a escolha "incorreta" como vemos nos murmúrios da faxineira...

    ResponderExcluir
  2. Até então não tinha visto este vídeo, mas, apesar da maneira exagerada como ele mostra essa questão da escolha "compulsória", creio que quem assite ao vídeo acaba tendo a sensação de que já passou por uma experiência parecida. Afinal todos nós somos espaços públicos das propagandas que tendem influenciar todos os aspectos que caracterizam a vida em sociedade, pois, estão o tempo todo tentando nos convencer do que é melhor para nós em termos de saúde, educação, transporte, alimentação, dieta, trabalho, exercício físico, aparência física, tratamento médico, comportamento emocional, lazer, vestimenta, enfim, tudo em nossa vida pode ser manipilado pela ação de terceiros. Mas cabe a nós nos perguntarmos: "É isso mesmo que eu quero pra mim?" "Estou fazendo esta escolha com base em meus valores?" "Essa minha escolha vai melhorar a minha vida de maneira duradoura e/ou satisfatória?". A moça do vídeo por exemplo, permitiu que colocasse palmito em seu prato, mas,por impulso, por estar abalada emocionalmente e o interessante é que isso não fez com que ela comesse o palmito. Trazendo essa reflexão para a área da saúde, podemos fazer uma analogia da abordagem do médico ou do educador físico ao recomendar exercício físico para uma pessoa utilizando a intimidação, o medo e a punição, por exemplo, quando tais profissionais dizem: "Você tem que fazer exercício para reduzir o colesterol porque você pode enfartar!" No primeiro momento a pessoa fica apreensiva, chocada com a possibilidade aumentada de morrer de problema cardíaco e pode até tomar a atitude de se matricular numa academia por exemplo, mas, isso não quer dizer que ela irá frequentar as aulas, ou dar continuidade de maneira duradoura incorporando o exercício como um comportamento seu porque essa pessoa não obteve dos profissionais razões pautadas em seus valores para mudar definitivamente o seu comportamento sedentário e assim como a moça fez com o palmito essa pessoa pode fazer com o exercício, ou seja, dar um jeitinho de descartar da sua vida! Então, na minha concepção a mensagem que apreendi tendo como referencial este vídeo foi que devemos controlar as nossas emoções nos momentos de escolha e não devemos ter medo de dizer "não" para quem acha que entende mais de nós do que nós mesmos!E que não adianta o profissional da saúde que tem como uma de suas funções influenciar as pessoas utilizar razões que levam a pessoa agir mais pela emoção do que pela razão, porque a emoção passa muito rápido e a pessoa se conforma e não terá outros motivos agregados à sua identidade para mudar o seu comportamento nocivo à sua vida.

    ResponderExcluir
  3. Apesar de todos os exageros para expressar de modo mais cômico a situação, conseguimos encontrar facilmente esta falta de escolha que encontramos no dia a dia. Mesmo tendo consciência e conhecimento do que pode ser melhor para nós, nos deparamos em determinados momentos com a falta de escolha, onde não temos o costume ou gosto de fazer determinadas coisas, mas nos vemos obrigados a fazê-las e acabamos ficando conformados com elas.
    Claro que acho "inimaginável" um mundo onde tudo pode ser fornecido na base da escolha, com todos tendo autonomia, mas se pensarmos que poucas pessoas conseguem ter esta noção de que são diretamente influenciadas a terem determinados tipos de comportamentos, percebemos que erroneamente as mesmas acreditam terem uma "falsa sensação de liberdade / autonomia" para escolherem aquilo que elas querem porque realmente querem, não porque foram influenciadas diretamente sem direito a argumentar.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Achei divertido, pois isso realmente acontece. Aquele atendente chato que deixa claro que quer fazer de tudo para se livrar do cliente seja lá o que for vender, acho que todos já tenhamos passado pelo menos uma vez na vida por esta situação.
    Acredito que a falta de escolha pode ser vista dos dois lados (tanto do cliente quanto do atendente), pois o atendente está lá, trabalhando, ganhando pouco em um serviço que demanda muita paciência, isso com pouco tempo de descanso (e um dia da semana de folga) e muitas vezes precisa realmente do dinheiro, impossibilitando assim pedir as contas e sendo colocado um entrave para a evolução do indivíduo.
    Olhando desta forma os dois podem ter seu potencial de escolha minado

    ResponderExcluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Ouvi esses dias um comentário do Arnaldo Jabor que aborda a questão do atentado de Boston que reflete sobre o peso das escolhas na sociedade atual e da facilidade da obediência. É mais fácil acreditar em dogmas e segui-los. É assim e pronto! Escolher,ter consciência da escolha, sustentar a escolha, decidir mudar de escolha... compreender que as vezes você não escolhe muitas coisas, mas é direcionado não é muito agradável é bem mais fácil e menos dolorido, seguir sem refletir, o que também é uma escolha. Achei bem bacana que para quem tem atenção aos detalhes sempre pode aprofundar a reflexão...a faxineira através de uma pista faz uma excelente leitura de si, e do contexto local para o global... Muito bom mesmo não só o vídeo, mas a SACADA de usá-lo nesse contexto. Para quem quiser ouvir o comentário do Jabor (http://goo.gl/QMwGw).

    ResponderExcluir
  8. Existe um fast food de massas no Shopping Center Norte onde fui almoçar. Lá a atendente recita as opções para a composição do prato e fica calada. Mas, a postura, a expressão facial e corporal dela, não permitem muita escolha. Não gostei disso e nunca mais fui lá. O vídeo satiriza esta realidade. Muitas pessoas não percebem isso e ainda pensam que escolheram a refeição. Penso que falta auto-estima positiva desenvolvida nestas pessoas. Esta é a base para o auto-respeito e consequentemente, boas escolhas. Os indivíduos que desenvolvem a auto-estima negativa, não percebem o apoio e os recursos para boas escolhas, mesmo se forem a eles oferecidos. E quanto a faxineira, esta é a ponta final da situação. Se ela observasse as situações de atendimento, o raciocínio dela mudaria o discursso dos seus murmúrios.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É isso. Acrescentei bastante lendo todos os comentários. Estão bastante construtivos.
      Suzete Ap. Oliveira

      Excluir