Em 2010, o Ministério da Saúde publicou um manual destinado a gestores e
profissionais de saúde intitulado “Linha de cuidado para a atenção integral à
Saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências”.
Pelo título podemos notar que o conceito de saúde do Ministério brasileiro
deixa clara a relação entre saúde e outros aspectos que não as doenças, um
ponto central do discurso da Promoção em Saúde. Na página 15 da publicação os
autores apontam atitudes desejáveis que devem ser consideradas por
profissionais de saúde, dentre as quais ganham destaque a criação de vínculos e o fortalecimento da autonomia, da autoestima e da
competência social. Desse modo, podemos afirmar que estimular a saúde dessas
crianças, adolescentes e famílias não é atuar exclusivamente sobre a não doença e a sua
prevenção ou tratamento. Portanto, para que as nossas ações como educadores sejam efetivas é importante pensarmos que programas que incluam práticas de atividades físicas deverão utilizá-las como meios para o desenvolvimento de outras competências além da performance motora, do incremento das capacidades físicas ou da prescrição para a prevenção e o tratamento de doenças. Não é uma questão apenas de optar por uma ou outra, mas, sempre que possível, combinar ações e esforços para que as atividades atendam aos objetivos que contribuam de fato com a SAÚDE integral das pessoas. Autonomia, empowerment, autoestima e autoconceito positivos, por exemplo, devem ser metas a serem atingidas tanto quanto as melhoras físicas, funcionais e profiláticas. O manual vale como leitura para o Caderno de Campo e está disponível na íntegra para a consulta no endereço http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf
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